domingo, 22 de abril de 2018

Nanocarro solta RNA pelo escapamento Redação do Site Inovação Tecnológica

Nanocarro solta RNA pelo escapamento

Nanocarro solta RNA no escapamento
Os dois anéis estão ligados como uma corrente. A polimerase de RNA T7, o combustível, aparece no centro.[Imagem: Julián Valero]
Nanomotor controlável
A nanotecnologia já permitiu criar inúmeros nanomotores, incluindo nanomotores moleculares, mas seus criadores afirmam que esta é a menor máquina já construída que constitui um motor rotativo e pode se mover em uma direção específica.
As nanomáquinas tipicamente são estruturas de proteínas e ácidos nucleicos que são alimentados com energia química e podem realizar movimentos. O princípio não é derivado das máquinas e motores que inventamos, mas da natureza: as bactérias, por exemplo, impulsionam-se para a frente usando um flagelo, que é um nanomotor molecular.
A equipe da Universidade de Bonn, do Instituto de Pesquisa Caesar (Alemanha) e da Universidade de Michigan (EUA) usaram estruturas feitas de anéis de DNA - o DNA é a molécula preferida para fazer motores moleculares por se montar automaticamente de forma previsível. Dois desses anéis foram ligados como os elos de uma corrente.
"Um anel faz o papel de uma roda, e o outro o impulsiona como um motor, com a ajuda de energia química," explicou Michael Famulok, coordenador da equipe.
Nanocarro
O minúsculo veículo mede cerca de 30 nanômetros. O combustível é fornecido pela proteína polimerase de RNA T7. Acoplada ao anel que serve como motor, esta enzima sintetiza uma cadeia de RNA baseada na sequência de DNA e usa a energia química liberada durante esse processo para gerar o movimento de rotação do anel de DNA.
"Conforme a rotação avança, a fita de RNA cresce como um fio a partir da polimerase de RNA," conta Julián Valero, membro da equipe. Esse fio de RNA que cresce continuamente e sai do motor como um produto residual - um motor com uma fumaça bem sólida -, é usado para manter o pequeno veículo no curso usando marcas em uma pista feita com nanotubos de DNA.
No test-drive inicial, esse nanocarro constituído apenas por um motor percorreu 240 nanômetros - como você deve se lembrar, já existe uma Fórmula Nano, uma corrida para nanocarros.

Bibliografia:

A bio-hybrid DNA rotor-stator nanoengine that moves along predefined tracks
Julián Valero, Nibedita Pal, Soma Dhakal, Nils G. Walter, Michael Famulok
Nature Nanotechnology
DOI: 10.1038/s41565-018-0109-z

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