sábado, 3 de outubro de 2015

Telas sem toque para substituir as telas sensíveis ao toque

Informática

Telas sem toque para substituir as telas sensíveis ao toque

Telas sem toque para substituir as telas sensíveis ao toque
A nanoestrutura híbrida muda suas propriedades ópticas e elétricas com umas poucas moléculas de água.[Imagem: MPI for Solid State Research]
Telas sem toque
Telas sensíveis ao toque são muito boas e práticas, mas não são perfeitas.
Além do desgaste natural, começam a haver preocupações com a transmissão de bactérias e vírus, sobretudo porque os telefones são levados ao rosto e porque os mesmos dedos que as tocam são levados à boca e aos olhos.
Com essa deficiência em mente, a equipe do professor Pirmin Ganter, da Universidade Ludwig Maximilian, na Alemanha, decidiu apostar no desenvolvimento de uma tela sem toque.
A nova tela é fabricada com um material que responde não ao toque, mas à simples aproximação do dedo de sua superfície.
Assim que o dedo se aproxima, ainda a alguns milímetros antes de tocar a superfície, o material que recobre a tela altera suas propriedades elétricas e ópticas, permitindo o controle preciso do aparelho.
Nanoestrutura híbrida
A tecnologia de tela sem toque foi possível graças a uma nanoestrutura híbrida formada por camadas alternadas de um material chamado fosfatoantimonato e de nanopartículas de dióxido de silício (SiO2) e dióxido de titânio (TiO2).
Esse sanduíche tem suas propriedades alteradas pelas moléculas de água que os poros dos dedos emitem continuamente - em outras palavras, a tela funciona com o suor. O material captura a água e incha ligeiramente, em questão de milissegundos, funcionando com um sensor de umidade muito preciso e rápido.
"Como esses sensores reagem de uma maneira muito local a qualquer aumento na umidade, é perfeitamente concebível que este tipo de material com propriedades dependentes da umidade possa ser utilizado para telas e monitores sem toque," disse Ganter.
Vários outros materiais já haviam sido propostos para viabilizar o controle das telas por aproximação, mas nenhum havia atingido o rendimento dessa nova nanoestrutura, sobretudo na velocidade de resposta.

A equipe agora está em busca de um revestimento que deixe passar a umidade e proteja a nanoestrutura do desgaste mecânico que poderá ser gerado quando "dedos esquecidos" insistirem em tocar na tela.

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