quarta-feira, 11 de maio de 2016

Primeiro painel biossolar usa bactérias para gerar energia

Energia

Primeiro painel biossolar usa bactérias para gerar energia

Primeiro painel biossolar gera energia com bactérias
As nove biocélulas interconectadas no primeiro painel solar biológico geram 5,59 microwatts. [Imagem: Seokheun Choi]
Painel biossolar
Não é sua intenção competir com os painéis fotovoltaicos tradicionais, mas ele representa um marco em uma tecnologia alternativa de energia solar que pode atender a nichos específicos de aplicação.
Este é o primeiro painel biossolar, um painel solar construído com a integração de células solares biológicas, ou biocélulas, que não dependem de semicondutores, mas de seres vivos para captar a luz do Sol e gerar eletricidade.
"Um painel biossolar funcional pode se tornar uma fonte de energia permanente para fornecer eletricidade a longo prazo para pequenos sistemas de telemetria sem fios, bem como para sensores sem fios utilizados em locais remotos onde frequentes substituições de baterias são impraticáveis," disse o professor Seokheun Choi, da Universidade Binghamton, nos EUA.
Bioenergia
As células biossolares são baseadas em cianobactérias, que podem ser encontradas em virtualmente qualquer ambiente na Terra.
A equipe conseguiu otimizar sua biocélula solar aprimorando os materiais usados nos eletrodos positivo e negativo e também criando um ambiente microfluídico único para acondicionar as bactérias, em substituição às duas câmaras necessárias às biocélulas construídas até agora.
A simplificação do projeto e os novos eletrodos permitiram então a construção do painel solar. O protótipo conecta 9 biocélulas idênticas em um padrão 3x3, mas pode ser ampliado.
O painel biossolar gera eletricidade continuamente a partir das atividades de fotossíntese e de respiração das bactérias, produzindo 5,59 microwatts.

Bibliografia:

BioPower generation in a Microfluidic Bio-Solar Panel
Xuejian Wei, Hankeun Lee, Seokheun Choi
Sensors and Actuators B: Chemical
Vol.: 228, 2 June 2016, Pages 151-155
DOI: 10.1016/j.snb.2015.12.103

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