sábado, 21 de novembro de 2015

Circuito integrado para nanossatélites desenvolvido no Brasil

Circuito integrado para nanossatélites desenvolvido no Brasil

Circuito integrado para nanossatélites desenvolvido no Brasil
Circuito integrado, ampliado em 50x, contendo o subsistema de coleta de dados para uso em nanossatélites.[Imagem: CRN-INPE]
Transponder DCS
Engenheiros do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), desenvolveram um receptor para uso em nanossatélites.
Os nanossatélites vêm apontando para uma verdadeira revolução na exploração espacial e no monitoramento da Terra graças à enorme redução de custos que eles representam em relação aossatélites artificiais tradicionais.
O novo receptor é um circuito conhecido como "transponder DCS", sigla em inglês para subsistema de coleta de dados.
O transponder DCS deve ser usado nos nanossatélites Conasat, uma constelação de seis nanossatélites para coleta de dados ambientais em desenvolvimento pelo INPE para gerar dados para o Sistema Brasileiro de Coleta de Dados Ambientais (SBCDA) - cada nanossatélite é um cubo com 20 centímetros de aresta, pesando cerca de oito quilogramas.
"A vantagem do projeto está na redução no tamanho e no consumo de energia e, também, no aumento da confiabilidade do transponder, uma vez que todo o receptor é fabricado em um único circuito integrado (CI) utilizando a mesma tecnologia", explica Manoel Mafra de Carvalho, do INPE.
Receptor
O receptor possui um amplificador de baixo ruído (LNA), misturadores e um sintetizador de frequências, fabricado em tecnologia CMOS 130 nm.
Devido ao alto ganho e baixo ruído oferecidos pelo amplificador, o receptor é compatível não apenas com o SBCDA, mas também com o padrão Nouvelle Génération (NG) do sistema franco-americano ARGOS-3.
"Foram fabricadas 25 amostras do circuito integrado contendo o receptor, das quais 10 foram encapsuladas para a etapa de testes que será iniciada em breve. Esta etapa visa catalogar as especificações do circuito integrado para posterior uso pelo INPE.
"Vale salientar que, apesar de ser um protótipo inicial, este trabalho representa um passo significativo na caminhada em direção à modernização dos satélites do SBCDA. Além disso, este projeto contribuiu com oportunidades à formação de projetistas de circuitos integrados no país", destacou Manoel.

O programa SBCDA atualmente funciona com dois satélites - SCD-1 (Satélite de Coleta de Dados 1) e SCD-2 - lançados na década de 1990, dos quais apenas um está totalmente operacional.

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