Óculos de realidade virtual sem dor de cabeça e sem enjoo
Redação do Site Inovação Tecnológica - 07/08/2015
Duas telas sobrepostas para cada olho geram uma imagem natural e com profundidade de campo. [Imagem: Universidade de Stanford/Divulgação]
3D sem náuseas
Os óculos de realidade virtual causam uma ótima primeira impressão, mas basta ficar um pouco com eles para que a maioria das pessoas termine com dor de cabeça ou com o estômago enjoado.
Fu-Chung Huang, da Universidade de Stanford, acredita ter encontrado a solução para salvar a primeira impressão desses equipamentos tão promissores.
Ele desenvolveu o que chama de "tecnologia de campo de luz" para criar uma visualização 3D mais natural e confortável.
Vergência
Nos óculos de realidade virtual 3D atuais, cada olho vê apenas uma imagem. A profundidade de campo também é limitada, já que o olho é forçado a focar em um único plano.
No mundo real, nós vemos perspectivas ligeiramente diferentes da mesma cena 3D em diferentes posições na pupila de cada um dos nossos olhos.
Quando você olha através dos óculos 3D, há um conflito entre as informações visuais que seus olhos captam e como o seu cérebro combina o que os olhos estão vendo - a chamada vergência. É esse conflito que lhe dá dor de cabeça ou lhe revira o estômago.
Esquema de construção dos óculos de realidade virtual 3D com tecnologia de campo de luz. [Imagem: Universidade de Stanford/Divulgação]
Hologramas
Huang resolveu esse problema criando uma espécie de holograma para cada olho. Um campo de luz cria múltiplas perspectivas ligeiramente diferentes ao longo de cada pupila, reproduzindo melhor o que acontece com nossa visão natural.
O resultado é que se pode mover o foco e ajustar a profundidade de campo em cada cena virtual.
Isto é possível porque os novos óculos de realidade virtual 3D incorporam duas telas LCD transparentes e superpostas, ligeiramente espaçadas uma da outra.
"Você tem uma janela virtual ideal, parecida com o mundo real, onde hoje você tem basicamente uma tela 2D na frente de cada olho," explica o professor Gordon Wetzstein, coordenador da equipe.
O protótipo foi construído com o apoio da NVidia, o que traz esperanças de que a tecnologia possa chegar rapidamente ao mercado.
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