Processadores neuromórficos começam a levar aprendizado a sério
Redação do Site Inovação Tecnológica - 06/03/2018
O chip Loihi da Intel já está disponível para pesquisadores e desenvolvedores.[Imagem: Intel/Divulgação]
Processadores que aprendem
Engenheiros das universidades de Heidelberg e Dresden, na Alemanha, e da Intel, apresentaram três novos processadores neuromórficosdurante um evento realizado na semana passada nos EUA.
Os novos chips podem imitar aspectos mais amplos dos cérebros biológicos do que as versões anteriores, sendo, segundo as equipes que os construíram, "mais energeticamente eficientes, mais resilientes e com maior capacidade de aprendizagem."
Os computadores são muitas vezes mais rápidos do que os humanos na resolução de problemas aritméticos, mas não competem quando se trata da capacidade analítica do cérebro - os computadores não conseguem aprender continuamente e, portanto, não podem melhorar-se.
Este é um dos objetivos da computação neuromórfica, cujos componentes tentam imitar o funcionamento das redes neurais humanas. E o progresso na área vem se acelerando tanto que alguns especialistas já dizem que a computação neuromórfica pode deixar a computação quântica para trás.
BrainScales
O primeiro chip é uma versão mais recente do projeto BrainScales, que está construindo processadores inspirados no cérebro humano há vários anos.
O BrainScaleS possui um design analógico e digital misto e funciona de 1.000 a 10.000 vezes mais rápido que a versão anterior, dependendo do algoritmo. O processador neuromórfico de segunda geração possui funções de aprendizagem livremente programáveis, bem como um modelo de hardware analógico de neurônios complexos com árvores dendríticas ativas, que - assim como os neurônios - são especialmente valiosos para reproduzir um processo de aprendizado contínuo.
SpiNNaker
O segundo processador é a mais recente versão do cérebro eletrônico SpiNNaker, construído por um consórcio liderado pela Universidade de Dresden.
O novo chip SpiNNaker é baseado na tecnologia multinúcleos. Um único chip contém 144 núcleos neuromórficos com um sistema inovador de gerenciamento de energia, o que o permite disponibilizar uma capacidade computacional de 36 bilhões de instruções por segundo por watt.
Loihi
Finalmente, a Intel anunciou os detalhes técnicos do seu processador Loihi, que a empresa apresenta como a ferramenta que finalmente levará a inteligência artificial para o hardware. O processador já está disponível para equipes de desenvolvedores e universidades e conta com 130 milhões de sinapses artificiais.
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