sexta-feira, 29 de maio de 2015

Celulares farão download de energia para baterias

Redação do Site Inovação Tecnológica - 27/05/2015
Celulares farão download de energia do ar
A ideia é inicialmente incorporar a antena de reciclagem de energia em capas de celulares. [Imagem: Nikola Labs/Divulgação]
Download de energia
Engenheiros da Universidade de Ohio, nos Estados Unidos, anunciaram o lançamento no mercado nos próximos dias de uma tecnologia que permitirá fazer "download de energia do ar" para recarregar a bateria de celulares.
A frase de impacto é um bom apelo comercial para uma tecnologia que vem sendo desenvolvida por inúmeras equipes ao redor do mundo e que já possui utilização comercial: a colheita de energia a partir das ondas eletromagnéticas presentes no ambiente.
De acordo com Chi-Chih Chen e seus colegas, melhorias obtidas pela equipe - que eles não detalham por questões comerciais - obteve um aumento considerável de eficiência, permitindo reaproveitar até 30% da energia dissipada pelo próprio aparelho.
"Quando nos comunicamos com uma torre de celular ou com um roteador Wi-Fi, grande parte da energia é desperdiçada. Nós reciclamos uma parte dessa energia de volta para a bateria," disse Chen, acrescentando que quase 97% dos sinais emitidos por um celular nunca alcançam seu destino.
Colheita de energia
O uso de antenas na forma de bobinas para capturar as ondas eletromagnéticas presentes no ambiente é a base de funcionamento das etiquetas RFID, que estão substituindo os códigos de barra. Vários tipos de sensores também já utilizam essa técnica para substituir inteiramente as baterias.
Até agora, porém, ninguém havia conseguido um rendimento acima de uns poucos microwatts - como um chip-gerador de energia construído por engenheiros do MIT -, apesar de promessas recentes de uma antena de absorção total feita com metamateriais. Para comparação, um telefone celular típico necessita uma potência mil vezes maior, na faixa dos miliwatts.
"Ninguém consegue recarregar um telefone celular a partir do ar, mas nós podemos reduzir o consumo de energia recuperando uma parte desses miliwatts perdidos. Pense nisso como um extensor da bateria, e não como um carregador," reconhece Lee, acrescentando que a tecnologia desenvolvida pela equipe aumenta a vida útil das baterias em 30%.
Muito caro
A ideia é inicialmente incorporar a antena de reciclagem de energia em capas de celulares. Para isso, a equipe fundou uma empresa, chamada Nikola Labs, que lançará brevemente uma campanha de arrecadação de fundos coletivos para viabilizar a fabricação dos primeiros exemplares. Eles estimam que cada capa poderá custar o equivalente a US$100,00 (cerca de R$315,00).
Futuramente, a equipe pretende licenciar a tecnologia para que ela seja incorporada no próprio gabinete plástico dos celulares e tablets.

Chip de madeira inaugura eletrônica biodegradável

Redação do Site Inovação Tecnológica - 27/05/2015
Chip de madeira aponta caminho da eletrônica biodegradável
O "chip de madeira" usa um circuito eletrônico real, enquanto experimentos anteriores precisaram usar materiais adaptados às técnicas de reciclagem. [Imagem: Yei Hwan Jung]
Eletrônicos biodegradáveis
Depois dos microprocessadores que dissolvem na água e dos circuitos eletrônicos com botão de autodestruição, agora é a vez dos chips feitos de madeira.
A ideia de Yei Hwan Jung, da Universidade de Wisconsin-Madison, nos Estados Unidos, é substituir a maior parte dos processadores e chips em geral por um material biodegradável ou mesmo reaproveitável.
E a solução apresentada é, de longe, a mais próxima da realidade entre todas as tentativas feitas até agora para lidar com o crescente problema do descarte de circuitos integrados obsoletos.
"A maioria do material em um chip é suporte. Nós usamos menos de dois micrômetros para tudo o mais. [Com a nossa solução] os chips são tão seguros que você poderia colocá-los na floresta e os fungos iriam degradá-lo. Eles se tornaram tão seguros quanto um fertilizante," explicou o professor Zhenqiang Ma, líder da equipe.
Chip de madeira aponta caminho da eletrônica biodegradável
O experimento também demonstrou o potencial da eletrônica flexível, com circuitos produzidos na forma de películas para posterior aplicação sobre um substrato, como um carimbo. [Imagem: Yei Hwan Jung et al. - 10.1038/ncomms8170]
Chip de madeira
Para demonstrar as possibilidades da técnica, Jung usou um substrato de madeira para criar um chip de 5 x 6 milímetros, com 1.500 transistores de arseneto de gálio, um material padrão na indústria eletrônica para a fabricação de circuitos integrados de comunicação wireless.
O protótipo construído pela equipe apresentou um desempenho comparável aos circuitos integrados usados pela indústria.
Embora se refiram ao seu substrato biodegradável como "madeira", o material é na verdade feito com fibras de celulose reduzidas à escala nanométrica, por isso chamadas de nanofibrilas de celulose.
Esse polímero de origem natural é prensado e recoberto com uma resina, para evitar a expansão termal e reduzir a hidroscopia, a tendência natural da madeira para atrair umidade do ar, o que a faria inchar e danificaria o circuito.
Chip de madeira aponta caminho da eletrônica biodegradável
O circuito integrado degradou-se quase completamente em 60 dias. [Imagem: Yei Hwan Jung et al. - 10.1038/ncomms8170]
Eletrônica flexível
O experimento também demonstrou a potencial da fabricação de circuitos eletrônicos na forma de películas flexíveis, que podem ser aplicadas a diferentes superfícies - o circuito foi produzido na forma de uma película e depois aplicado sobre a camada de suporte de nanocelulose.
"A atual fabricação em massa dos circuitos integrados semicondutores é tão barata que pode levar algum tempo até que a indústria se adapte ao nosso projeto. Mas a eletrônica flexível é o futuro," avaliou o professor Ma.
Bibliografia:

High-performance green flexible electronics based on biodegradable cellulose nanofibril paper
Yei Hwan Jung, Tzu-Hsuan Chang, Huilong Zhang, Chunhua Yao, Qifeng Zheng, Vina W. Yang, Hongyi Mi, Munho Kim, Sang June Cho, Dong-Wook Park, Hao Jiang, Juhwan Lee, Yijie Qiu, Weidong Zhou, Zhiyong Cai, Shaoqin Gong, Zhenqiang Ma
Nature Communications
Vol.: 6, Article number: 7170
DOI: 10.1038/ncomms8170

Chip brasileiro detectará colisões no LHC

Com informações da Agência USP - 28/05/2015
Chip brasileiro detectará colisões no LHC
O chip mede 9 x 9 milímetros. [Imagem: Agência USP/Marcos Santos]
Detector do Big Bang
Em meados de julho deste ano, uma equipe de físicos e engenheiros da USP deverá concluir a segunda versão do protótipo de um chip que será fundamental em um dos experimentos do maior acelerador de partículas do mundo, o LHC (Large Hadron Colider).
Apelidado de SAMPA, o chip de apenas 9 milímetros x 9 milímetros integrará o experimento ALICE (A Large Ion Collider Experiment), um dos quatro grandes detectores do LHC - os outros três grandes detectores são ATLAS, CMS e LHCb.
"No início deste ano, o LHC retomou suas atividades e está previsto um novo upgrade para o ano de 2020", conta o professor Marcelo Munhoz um dos responsáveis pelo desenvolvimento do chip.
De acordo com o pesquisador, no experimento ALICE serão realizadas medições das colisões de íons pesados - íons de chumbo - para estudar o chamadoPlasma de Quarks e Glúons, que corresponde a um estado composto pelos elementos mais básicos da matéria.
"A ideia é reproduzir em laboratório um novo estado da matéria que teria existido poucos microssegundos após a grande explosão ou Big Bang," explica Munhoz.
Será justamente nesta estrutura que o chip SAMPA será fundamental para compor os equipamentos que irão fotografar com precisão o momento exato de tais colisões.
Chip brasileiro detectará colisões no LHC
Chip Sampa montado na placa de testes. [Imagem: Agência USP/Marcos Santos]
Chip Sampa
O chip SAMPA também vem sendo estudado pelo grupo para outras aplicações, como na medição de nêutrons emitidos em reatores nucleares e na utilização para sistemas de raios X "coloridos", onde se registra uma imagem detalhando a frequência do raio X emitido.
Esse sistema, baseado no chip SAMPA, tem a grande vantagem de propiciar imagens grandes em um curto intervalo de tempo, o que significa uma baixa exposição à radiação, ao contrário dos sistemas mais comumente utilizados atualmente para essa aplicação.
O chip SAMBA está sendo desenvolvido por uma equipe coordenada pelos professores Marcelo Gameiro Munhoz e Marco Bregant (Instituto de Física), Wilhelmus Van Noije, Hugo Hernandez e Brunos Sanches (Poli).
Protótipos
"Até o ano de 2018 deveremos produzir e entregar 80 mil chips que serão utilizados em dois detetores do experimento ALICE," contou Munhoz. "O primeiro protótipo foi entregue no final do ano passado. O novo, que é a segunda versão, deverá ser produzido em julho e ainda aguardamos a aprovação do projeto para a produção dos chips finais."
Toda a produção dos protótipos é feita em Taiwan, já que no Brasil ainda não existem indústrias capazes de produzi-los.
O desenvolvimento dos primeiros protótipos conta com um investimento da ordem de R$ 1 milhão, com recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). A expectativa é que o protótipo definitivo seja concluído em 2016.

terça-feira, 26 de maio de 2015

CAPACITOR

Um capacitor, de maneira simplificada, pode ser entendido como um par de de condutores (placas) separados por um material isolante (dielétrico). Quando uma diferença de potencial (tensão) é aplicada a esse par de condutores, um campo elétrico é gerado no dielétrico. Esse campo é capaz de armazenar energia, de onde vem o nome "condensador" para esse componente.

Um capacitor ideal é caracterizado por uma única constante chamada capacitância, a qual é medida em Farads (F) e pode ser definida como a razão entre a carga elétrica armazenada no capacitor e a diferença de potencial aplicada em suas placas: C = Q / V.

Na prática, o material dielétrico possui uma corrente de fuga e uma tensão máxima de isolamento. Essa corrente de fuga é uma das causas da perda de carga de um capacitor com o passar do tempo. Além disso, os terminais condutores possuem uma resistência elétrica, que também pode ocasionar perdas.

Os capacitores são amplamente utilizados em circuitos eletrônicos para bloquear a passagem de corrente contínua e permitir a passagem de corrente alternada, filtrar interferências, suavizar a saída de fontes de alimentação, sintonia de circuitos ressonantes, dentre outras aplicações.

A figura abaixo ilustra de forma simplificada um modelo de capacitor de placas paralelas:





Na prática, os capacitores são formados por diversas placas, dispostas de maneira a aumentar a superfícies das mesmas e obter uma maior capacitância, conforme pode ser observado na figura seguinte:







Existem diversos tipos de capacitores, de acordo com o material empregado como dielétrico. Cada dielétrico confere um valor diferente de capacitância, considerando as mesmas dimensões físicas do capacitor. Os dielétricos podem ser sólidos, líquidos ou gasosos, sendo mais comuns os dois primeiros tipos. Exemplos de materiais dielétricos utilizados em capacitores são: cerâmica, poliéster, tântalo, mica, óleo mineral, soluções eletrolíticas etc.

Cada tipo de capacitor apresenta suas peculiaridades, vantagens e desvantagens:

Cerâmicos: Capacitores pequenos, de baixo custo, adequados para altas frequências. São fabricados com valores de capacitância de picofarads (pF) até 1 microfarad (µF). Sua capacitância pode variar dependendo da tensão aplicada.

Poliéster: Muito utilizados para sinais AC de baixa frequência, mas inapropriados para altas frequências. Seu valor típico de capacitância reside na ordem dos nanofarads (nF).

Tântalo: Alta capacitância, tamanho reduzido, ótima estabilidade. Existem modelos polarizados e não-polarizados. Possuem maior custo de produção em relação aos capacitores eletrolíticos e tensão máxima de isolamento em torno de 50V.

Mica: São inertes, ou seja, não sofrem variação com o tempo e são muito estáveis, porém, de alto custo de produção.

Óleo: Possuem alta capacitância e são indicados para aplicações industriais, pois suportam altas correntes e picos de tensão elevados. Possuem tamanho superior em relação a outros tipos de capacitores e seu uso é limitado a baixas frequências.

Eletrolíticos: Nome comumente empregado aos capacitores cujo dielétrico é o óxido de alumínio imerso em uma solução eletrolítica. São capacitores polarizados de alto valor de capacitância, muito utilizados em fontes de alimentação. Possuem custo reduzido em relação ao valor da capacitância, porém, proporcionam grandes perdas e seu uso é limitado a baixas frequências.

A figura seguinte ilustra alguns tipos de capacitores utilizados em eletrônica:






A maioria dos capacitores não possui polaridade, isto é, não existe terminal positivo ou negativo, podendo ser ligados "de qualquer jeito". Entretanto, muita atenção deve ser dada aos modelos polarizados (cujos principais representantes são os eletrolíticos), pois os mesmos podem explodir, se ligados de forma invertida. Outro cuidado importante é observar a tensão máxima de isolação, a qual é especificada no próprio componente. Se for aplicada uma tensão maior do que a especificada, o componente será danificado de forma irreversível.

Ao escolher um capacitor comercial, deve-se atentar para as seguintes características: tipo de dielétrico, capacitância, tensão máxima de isolamento e tolerância.

Esses três últimos valores, geralmente vêm especificados no próprio componente. Em alguns casos, a tolerância é omitida, em outros a tensão máxima de isolamento.

Tais valores podem estar escritos de forma explícita ou por meio de códigos universalmente aceitos. Capacitores eletrolíticos sempre trazem os valores de forma explícita, o mesmo não ocorrendo com os demais tipos.

Existem dois códigos principais para a identificação de capacitores: um código numérico e outro de cores. Este último, atualmente, é empregado apenas para resistores.

O código numérico é composto por três algarismos, seguido, opcionalmente, por uma letra. Esta letra corresponde à tolerância do componente, ou seja, à variação máxima do valor da capacitância especificada pelo fabricante. Da esquerda para a direita, os dois primeiros números correspondem aos dois algarismos do valor da capacitância, enquanto que o terceiro número corresponde ao fator multiplicativo. Tais valores são expressos em picofarads.

Os exemplos a seguir servem para ilustrar a forma correta de interpretar o código numérico:











Eletrônica



A electrônica1 , eletrônica (português brasileiro) ou electrónica (português europeu) (AO 1990: eletrônica/electrônica ou eletrónica) é a ciência que estuda a forma de controlar a energia elétrica por meios elétricos nos quais os elétrons têm papel fundamental.2

Divide-se em analógica e em digital porque suas coordenadas de trabalho optam por obedecer estas duas formas de apresentação dos sinais elétricos a serem tratados.

Numa definição mais abrangente, podemos dizer que a eletrônica é o ramo da ciência que estuda o uso de circuitos formados por componentes elétricos e eletrônicos, com o objetivo principal de representar, armazenar, transmitir ou processar informações além do controle de processos e servo mecanismos. Sob esta ótica, também se pode afirmar que os circuitos internos dos computadores (que armazenam e processam informações), os sistemas de telecomunicações (que transmitem informações), os diversos tipos de sensores e transdutores (que representam grandezas físicas - informações - sob forma de sinais elétricos) estão, todos, dentro da área de interesse da Eletrônica.

Complementar à definição acima, a eletrotécnica3 é o ramo da ciência que estuda uso de circuitos formados por componentes elétricos e eletrônicos, com o objetivo principal de transformar, transmitir, processar e armazenar energia, utilizando a eletrônica de potência. Sob esta definição, as usinas hidrelétricas, termoelétricas e eólicas (que geram energia elétrica), as linhas de transmissão (que transmitem energia), os transformadores, retificadores e inversores (que processam energia) e as baterias (que armazenam energia) estão, todos, dentro da área de interesse da Eletrotécnica.

Entre os mais diversos ramos que a abrangem, estuda a transmissão da corrente elétrica no vácuo e nos semicondutores. Também é considerada um ramo da eletricidade que, por sua vez, é um ramo da Física onde se estudam os fenômenos das cargas elétricas elementares, as propriedades e comportamento, do elétron, fótons, partículas elementares, ondas eletromagnéticas, etc.
Eletrônica analógica[editar | editar código-fonte]
A eletrônica analógica desenvolveu-se com o advento do controle das grandezas físicas variáveis ou não, formas oscilatórias em baixas ou altas frequências e que são utilizados em quase todos os tipos de equipamentos e quando da necessidade de manipulação das tensões e correntes existentes num circuito, formando circuitos capazes de realizar amplificações de sinais, comutação de máquinas e possibilitou a diversificação das telecomunicações que a principio só trabalhavam com modulações de sinais4 .

Seus principais componentes são os chamados transistores, além dos resistores, capacitores, bobinas, potenciômetros e circuitos integrados, cristais e outros. A eletrônica analógica se baseia nos princípios da lei de ohm.

Na eletrônica analógica, seus valores, quantidades ou sinais, variam de modo contínuo numa escala. Os valores dos sinais não precisam ser inteiros5 .

Transistores Bipolares
Transistores Bipolares de porta isolada (IGBTs)

O transistor bipolar6 de porta isolada (IGBT) destaca-se pelas características de baixa queda de tensão no estado ligado do Transistor Bipolar de Junção (BJT) com as excelentes características de chaveamento, que traz um circuito de acionamento da porta bem simplificado e com alta impedância de entrada do mosfet. Existem no mercado transistores IGBTs com os valores nominais de corrente e de tensão bem acima dos valores encontrados para Mosfets de potência.

Os IGBTs estão gradativamente substituindo os mosfets que se dizem em aplicações de alta tensão, onde as perdas na condução precisam ser mantidas em valores baixos. Mesmo as velocidades de chaveamento dos IGBTs sejam maiores (até 50 kHz) do que as do BJTs e as do mosfets.

Ao contrário do ocorrido no MOSFET, o IGBT não tem nenhum diodo reverso internamente, sendo assim este fator torna sua capacidade de bloqueio para tensões inversas muito baixa, podendo suportar uma tensão inversa máxima em menos de 10 volts.

Princípios de operação do IGBT A operação do IGBT é muito similar à dos MOSFETs de potência. Para colocá-lo no estado ligado, basta polarizá-lo positivamente no terminal do coletor (C+) em relação ao terminal do emissor (E -). De igual maneira, uma tensão positiva VG aplicada na porta (G) fará o dispositivo passar para o estado ligado (ON), quando a tensão no gate (G) exceder a tensão de limiar. O IGBT passara para o estado desligado (OFF) quando houver o corte de tensão do terminal da porta (G).

Curva Característica de tensão-corrente do IGBT A curva característica e uma plotagem da corrente de coletor (IC) x a tensão do coletor-emissão (VCE). Quando não houver a tensão aplicada na porta, o transmissor IGBT estará no estado desligado (OFF), onde a corrente (IC) é igual a zero (0) e a tensão que passa através da chave é igual a tensão da fonte.Se a tensão > VGE(th) for aplicada na porta, o dispositivo passará para o estado ligado e permitira a passagem da corrente IC. Essa corrente é limitada pela tensão da fonte e pela resistência de carga. No estado ligado, a tensão através da chave se define a zero.

Eletrônica Digital
Na eletrônica digital este controle se faz digitalizando o sinal de controle no seu estágio de geração para evitar as variações térmicas ou de envelhecimento a que todo material está sujeito(desde o sensor até o relê final de um sistema analógico); no mais, o sinal digitalizado pode ter a forma de uma corrente pulsante cuja frequência de pulsação represente fielmente o sinal "variação de resistência por efeito da temperatura".

O efeito da variação de parâmetros (e aumento do erro de medição) por termo-agitação e envelhecimento é cumulativo nos sistemas analógicos pois as variações de parâmetros devidas ao aumento da temperatura no forno (a medir) são produzidas pelo mesmo processo interno atômico que origina a "deriva", "agitação indesejável" "movimento eletrônico caótico" e se tornam parte das variações espúria que mascaram a medição, e ainda mais serão amplificadas por componentes que têm sua própria agitação térmica que se tornam cumulativos.

Exemplo de alguns osciloscópios de laboratório que devem permanecer ligados por longos períodos de tempo antes de realizar medições com eles, mesmo assim, antes de fazer as medições deverão ser aferidos para rever qual é o valor ou se não mostram sinais de derivas.(o mais normal é que apresentem variações de posicionamento na vertical do traço horizontal com níveis de entrada "zero");)

Componentes
Considera-se o primeiro componente eletrônico puro a célula fotovoltaica (1839) seguida pela válvula termoiônica (Ver Efeito Édison), ou termiônica e alguns diodos à base de Selênio (Se).

A válvula termiônica, também chamada de válvula eletrônica, é um dispositivo que controla a passagem da corrente elétrica através do vácuo (ver John Ambrose Fleming), dentro de um bulbo de vidro, sendo utilizada em larga escala até meados da década de 1960. Aos poucos, foi substituída pelos transístores.

Um transístor é um dispositivo que controla a passagem da corrente elétrica através de materiais semi condutores inteiramente sólidos. Assim, por definição, ambos são componentes eletrônicos que servem para executar trabalhos idênticos, o segundo porém mais moderno que o primeiro.

A eletrônica, ao passar do tempo, acabou por desenvolver e estudar novos circuitos eletrônicos além de transístores, diodos, fotocélulas, capacitores, indutores, resistores, etc.

A tecnologia de miniaturização desenvolveu os circuito integrados, os microcircuitos, as memória eletrônicas, os microprocessadores, além de miniaturizar os capacitores, indutores, resistores, entre outros.

Atuação
Quando se tem qualquer tipo de dispositivo onde haja a atuação de um determinado fenômeno físico em correlação com outro, interagindo, modificando, medindo, aí está a eletrônica. Um exemplo seria a conversão de onda sonora para onda eletromagnética, da emissão eletromagnética através do espaço físico, para em seguida a captação desta, sua recepção e reconversão para onda eletromagnética, assim novamente para onda sonora. Sem a eletrônica, isto seria impossível de se conseguir, pois o ato de se transmitir uma onda de radiofrequência e sua posterior recepção necessita de dispositivos eletrônicos que transformarão as manifestações físicas de um determinado tipo de energia que será convertido em outro. Por exemplo: onda sonora em onda elétrica, onda luminosa para onda sonora e vice versa.

Dispositivos

Circuito hipotético com diversos componentes em montagem repetitiva
Os dispositivos eletrônicos são combinações onde se usa o circuito básico repetitivamente e seus componentes que, uma vez agrupados de forma organizada formam blocos. Estes interligados formam circuitos eletrônicos mais complexos, e assim sucessivamente fazem funcionar os mais diversos equipamentos eletrônicos.

Funcionamento
O funcionamento básico de qualquer circuito eletrônico baseia-se no controle de tensão e intensidade de corrente elétrica, podendo ser moldadas de forma a que o projetista possa tirar proveito desses parâmetros e configurá-los em oscilação e amplificação até chegar ao resultado final quando, por exemplo, através de um feixe de luz, ou feixe de laser numa fibra óptica conseguimos nos comunicar com velocidades cada vez maiores e quantidades de informação imensas a milhares de km de distância e, tudo isso, em segundos, milissegundos.

Medidas Eletrônicas

São as seguintes as unidades do Sistema Internacional de Unidades:7

V = volt = medida de tensão elétrica ou diferença de potencial

A = ampère = medida de intensidade da corrente elétrica

C = coulomb = medida de carga elétrica

s = segundo = medida de tempo

Ω = ohm = medida de resistência elétrica

S = siemens = medida de condutância elétrica

J = joule = medida de energia

W = watt = medida de potência

Hz = hertz = medida de frequência

F = farad = medida de capacitância

H = henry = medida de indutância

Wb = Weber = medida de fluxo magnético

T = Tesla = medida de densidade do fluxo magnético

VA - Voltampere = é a unidade utilizada na medida de potência aparente em sistemas elétricos de corrente alternada (AC).

Outras unidades[editar | editar código-fonte]
As unidades abaixo ainda são utilizadas, embora não façam parte do Sistema Internacional

hp = horse power (cavalo de força) = medida de potência Obs: 1 hp = 746 W

cv = cavalo vapor = medida de potência. Obs: 1 cv = 736 W

Histórico

Válvula termiônica amplificadora de áudio de 1906
A evolução da eletrônica foi lenta no início, porém com o passar do tempo, acelerou-se. Nos séculos XVII, XVIII e XIX, foram informações dispersas, aleatórias.

Em 1835, Munk, ao gerar centelhas de alta tensão próximo de certos pós metálicos, observou que estes mudavam sua condutividade elétrica. Isto ficou registrado, mas não se encontrou uma utilidade prática para o fenômeno.

Acredita-se que o dispositivo eletrônico mais antigo foi uma célula fotovoltaica construída em 1839 por Becquerel. Embora funcional, sua utilidade era meramente para curiosidade científica.

A partir de 1850, a físico-química passou a se interessar nos fenômenos do comportamento da AT (Alta Tensão) e dos gases. A experiência de Julius Plücker pode ser considerada como ponto de partida para tal. O pesquisador, ao conectar tensão elétrica muito alta em dois eletrodos, inseridos numa ampola de vidro com atmosfera rarefeita, mostrou o fenômeno da descarga dos gases. Durante sua demonstração, observou-se um efeito eletroluminescente de cor púrpura sobre as paredes do vidro.

Em 1861, foi descoberto o efeito fotocondutivo do selênio. Posteriormente, em 1873, Willoughby Smith investigou o efeito e delineou as primeiras leis da fotocondutividade.

Em 1866, Varley novamente observou a mudança de condutividade de pós metálicos na presença de centelhas elétricas, da mesma forma que Munk em 1835, porém, o fenômeno continuou a parecer meramente curiosidade científica.

A válvula termiônica teve seus primórdios em 1873, quando Guthrie aqueceu uma esfera metálica e a aproximou de um eletroscópio carregado. Ao fazer isso, o dispositivo se descarregava.

Braun descobriu o efeito semicondutor no ano de 1874, observando os sulfetos de chumbo e de ferro.

Alexander Graham Bell e Charles Sumner Tainter em 1878, utilizaram a célula de selênio para fazer experiências com um telefone sem fio, utilizando ondas luminosas.

David Edward Hughes descobriu como gerar ondas eletromagnéticas em 1874, independentemente do trabalho de James Clerk Maxwell. A intenção de Hughes não era a geração de ondas em si, mas sua detecção através de dispositivos (diodos) semicondutores que consistiam numa agulha de ferro em contato com um glóbulo de mercúrio, que resultava num filme de óxido de mercúrio. Este contato resultava no efeito da retificação por semicondutividade. Hughes, na verdade, se antecipou à geração de radiofrequência em cinco anos a Hertz e em dez anos em sua detecção.

Julius Elster e Hans Geitel, no início de 1880, encerraram um filamento de uma lâmpada incandescente e uma placa metálica numa ampola com vácuo. O efeito observado foi uma corrente elétrica que fluiu do filamento à placa através do vácuo. Ao mesmo tempo Flemming, naquela época empregado de Thomas Edison, estava investigando o porquê do escurecimento do vidro de uma lâmpada de filamento. Inseriu uma placa metálica e fez uma ligação externa ao dispositivo. Ao fazê-lo, observou que ao se aplicar um potencial positivo à placa em relação ao filamento, imediatamente fluía uma corrente elétrica pelo vácuo. Ao inverter a polaridade, a corrente não fluía. A este efeito se deu o nome de Efeito Edison.

Calzecchi Onesti, em 1884, voltou a observar a mudança de condutividade de pós metálicos na presença de centelhas elétricas, da mesma forma que Munk em 1835, porém, novamente o fenômeno continuou a parecer meramente curiosidade científica.

Hertz, no ano de 1887, observou o efeito fotoemissivo, que foi aprimorado em 1890 por Ebert, Wilhelm Hallwachs e Wiedemann. Em 1890, Julius Elster e Hans Geitel desenvolveram a primeira válvula eletrônica fotoemissiva.

De novo, agora na pessoa de Édouard Branly, em 1890, houve a observação da mudança de condutividade de pós metálicos na presença de centelhas elétricas, da mesma forma que Munk em 1835, porém, o fenômeno ainda continuou a parecer meramente curiosidade científica, sem uso prático.

Minchin e Oliver Lodge, de forma independente, sugeriram que o fenômeno da alteração da condutividade de pós metálicos na presença de centelhas elétricas era ocasionada por ondas que se propagavam pelo espaço que emanavam das centelhas. Lodge então, em 1894, preparou um tubo com limalhas de ferro, seguindo o método de Branly. Descobriu que este método poderia servir para detectar ondas hertzianas. Ao dispositivo foi dado o nome de coesor, porque quando as ondas eletromagnéticas passavam por si, as limalhas se aglutinavam e tinham que ser extraídas antes de outra emissão de radiofreqüência.

A partir de 1850, com as experiências de Julius Plücker sobre a eletroluminescência, Hittorf, William Crookes e Eugen Goldstein, iniciaram uma investigação dos efeitos da alta aensão. Crookes inseriu um eletrodo em forma de cruz de malta no tubo de vidro, foi observado que o brilho produzido pelos raios invisíveis, era devido à aceleração de algum tipo de partícula ou raio que provinha do eletrodo negativo para o positivo. A este tipo de manifestação se deu o nome de "raios catódicos", pois acreditou-se que sua carga era negativa. A experiência foi confirmada por Hallwachs. Em 1897, Thomson estudou o efeito e deu o nome de elétrons às partículas aceleradas no tubo de raios catódicos.


Circuito integrado híbrido
Tommasina reinventou o detector de radiofrequência de Hughes em 1899. Ao dispositivo foi dado o nome de coesor de auto-restauração de Castelli, de Solari, ou coesor de auto-restauração da Marinha Italiana.

O padre Roberto Landell de Moura, em 1893, iniciou as experiências com um telefone sem fio utilizando radiofreqüência. Dia 3 de junho de 1900 fez uma demonstração pública.

Em 1901, Marconi recebeu os primeiros sinais de rádio através do Atlântico. O detector utilizado foi um retificador de glóbulo de ferro mercúrio idêntico ao inventado por Hughes em 1874.

As descobertas do século XIX só vieram a ser compiladas no início do século XIX. Com a utilização prática para a emissão termoiônica através da utilização do diodo termiônico, triodo termiônico, tetrodos, pentodos, etc, iniciou-se a era da eletrônica termoiônica, ou termiônica, quando John Ambrose Fleming utilizou estes efeitos para a amplificação de sinais.

Evolução

Transistor de potência do circuito horizontal de um monitor de vídeo (Ecrã) 17, potência 90 W
Desde o início do século XX até sua metade, a válvula termoiônica reinou absoluta, quando na metade do século, em 1948, a gigante em telecomunicações Bell Telephone, desenvolveu um dispositivo que em comparação à válvula termoiônica era simplesmente minúsculo. Era o primeiro transistor. Aí estávamos iniciando a era do semicondutor.

Com o transistor e o desenvolvimento das técnicas de miniaturização, ficou cada vez mais acelerada a confecção e projeto de componentes e equipamentos eletrônicos.

Isto culminou com a construção do primeiro circuito integrado no final da década de sessenta, quando apareceu o primeiro amplificador operacional integrado. Este nada mais era que a montagem miniaturizada de transistores, capacitors, resistors e diodos semicondutores, todos feitos numa só base, inicialmente em germânio.



Logo após, no início da década de setenta, os componentes passaram a ser fabricados em silício, elemento de mais fácil manipulação e menos sensível aos efeitos de avalanche térmica.

Foram sendo desenvolvidas assim exponencialmente novas tecnologias para a fabricação seriada em alta velocidade. Estas utilizavam componentes de larga escala de integração, (LSI), e logo após, nos anos oitenta, foi desenvolvida a extra larga escala de integração, (ELSI). Esta tecnologia nos deu os microprocessadores de alta velocidade e desempenho.

Nos dias de hoje, depois do trabalho de milhares, senão milhões de colaboradores anônimos, a Eletrônica está finalmente entrando na era da nanotecnologia.

Dispositivos e equipamentos

Voltímetro analógico utilizado em painéis elétricos
Os equipamentos e circuitos eletrônicos moldam, configuram e mensuram grandezas físicas de diversas naturezas. Algumas são variáveis, outra fixas, exemplo disso são as variáveis elétricas que transportam informação, os sinais.



Para o transporte de informação, foi necessário a codificação de uma linguagem.Um exemplo é a extinta telegrafia que era usada para enviar informações através do código Morse, onde sinais intermitentes transportam informação codificada de tal forma, que decodificada forma letras e palavras. Estas, interpretadas nada mais são do que informação, logo podemos definir que codificação é a informação introduzida num determinado sinal. E decodificação é a extração desta informação deste mesmo sinal.


Podemos definir três grupos distintos de sinais em eletrônica: Sinal analógico, é todo aquele que varia continuamente em função do tempo, ou seja: pode ser representado por uma função matemática contínua.

Um velocímetro analógico.
Um termômetro analógico.
Uma balança analógica.
Um voltímetro analógico.
São exemplos de sinais lidos de forma direta sem passar por qualquer codificação, decodificação complexa. As variáveis são observadas diretamente. O instrumento analógico consiste num painel com uma escala e um ponteiro que desliza de forma a se verificar a posição deste sobre aquela, um galvanômetro, ou o ecrã de um osciloscópio8 .

Sinais e medidas analógicas e digitais
Sinal periódico consiste de "pacotes" de informação que são levados de forma direta, as ondas de rádio por exemplo, onde a codificação e decodificação é executada de forma direta, um exemplo é a Amplitude Modulada, onde temos uma onda portadora de freqüência fixa modulada em amplitude variável, a decodificação na recepção se dá de forma direta por supressão da portadora, retificação em meia onda do sinal resultante, e amplificação do resultado de forma a termos um sinal em forma de música, por exemplo.

Sinal digital é formado por códigos de linguagem matemática, um exemplo disto é a linguagem binária, ou sistema binário, (álgebra booleana), onde se usa um código binário de transporte de informação, a leitura é indireta, depende de sistemas de interpretação e leitura, pois esta não é direta, é digitalizada, é formada por componentes que digitalizam a informação, isto é, convertem o sistema decimal para sistema binário, ou para o sistema hexadecimal e vice-versa, digitalizar é manipular, converter a informação processá-la e reconvertê-la de forma que seja entendida.

O futuro
A eletrônica é a base da moderna tecnologia, da cibernética, da ciência da computação, da informática, entre outros. Sem ela os sistemas de controle do mundo moderno não funcionam.

Com a eletrônica fundindo-se com a micro-mecânica, pneumática, hidráulica e informática, temos a mecatrônica, a biomecatrônica, a robotização biológica e a robótica. Esses compõem os sistemas de analogia eletrônica, prevista para o nosso futuro.

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Telas e câmeras vão se comunicar

Telas e câmeras vão se comunicar sem você saber

Redação do Site Inovação Tecnológica - 19/05/2015
Telas e câmeras vão se comunicar sem você saber
O sistema pode capturar informações personalizadas sem afetar o conteúdo que o usuário está vendo. [Imagem: Tianxing Li et al. - 10.1145/2742647.2742667]
Câmera entende tela
Brevemente a câmera do seu celular poderá se entender com a tela do seu computador, e trocar informações com ela, sem você precisar se preocupar com isso.
Na verdade, qualquer câmera poderá se entender com qualquer tela ou monitor, independentemente do equipamento ao qual estejam associados, desde que ambas estejam rodando o software adequado.
Uma equipe da Universidade Darmouth, nos Estados Unidos, criou um protocolo de reconhecimento e comunicação que permite que telas e câmeras conversem umas com as outras diretamente por luz visível.
O sistema, batizado de HiLight, foi projetado pensando em óculos e outros dispositivos de realidade aumentada, ou para capturar informações personalizadas sem afetar o conteúdo que o usuário está vendo.
"Nosso trabalho oferece mais uma forma para os aparelhos se comunicarem uns com os outros sem sacrificar sua funcionalidade original," descreveu a professora Xia Zhou, coordenadora do projeto.
A pesquisadora destaca que toda a tecnologia foi desenvolvida usando equipamentos disponíveis comercialmente.
Telas e câmeras vão se comunicar sem você saber
As informações são codificadas no canal alfa, que define o nível de transparência das imagens. [Imagem: Tianxing Li et al. - 10.1145/2742647.2742667]
Troca dinâmica de dados
A equipe queria desenvolver uma técnica que permitisse que monitores e câmeras se comunicassem sem a necessidade de mostrar imagens codificadas - como os códigos QR, ou códigos de barras bidimensionais.
No sistema HiLight, a tela apresenta seu conteúdo normalmente, permitindo que a informação compartilhada mude conforme o usuário interage com seu sistema.
A vantagem é que uma tela pode transmitir dados dinâmicos instantaneamente para todos os dispositivos equipados com câmeras que estiverem no seu campo visual, de forma discreta e em tempo real. E o uso do espectro visível evita interferências eletromagnéticas.
As informações - a equipe avaliou a transferência de imagens, filmes e até jogos - são codificadas no canal alfa, uma ferramenta bem conhecida em computação gráfica e que define o nível de transparência de uma imagem. Assim, o dado a ser compartilhado pode ser mostrado sem alterar as imagens originais.
Segurança
Mas todas essas possibilidades dependerão de aplicativos que possam explorá-las, o que, de certa forma, funciona como uma camada de segurança contra olhares bisbilhoteiros.
Por exemplo, não será possível que uma aplicação qualquer comece a ler sua tela sem que você esteja rodando um aplicativo capaz de efetuar as codificações necessárias.
Bibliografia:

Real-Time Screen-Camera Communication Behind Any Scene
Tianxing Li, Chuankai An, Xinran Xiao, Andrew T. Campbell, Xia Zhou
MobiSys 2015 Proceedings
DOI: 10.1145/2742647.2742667
http://www.cs.dartmouth.edu/~xia/papers/mobisys15-hilight.pdf

sábado, 16 de maio de 2015

Touchpad de unha

Touchpad de unha para não desplugar nunca

Redação do Site Inovação Tecnológica - 14/05/2015
Touchpad de unha para não desplugar nunca
O objetivo é controlar aparelhos sem fio mesmo com as mãos ocupadas. [Imagem: MIT Media Lab]
Smart e unha
Dois estudantes do MIT Media Lab criaram uma interface pessoal que transforma a unha do usuário em um touchpad similar aos disponíveis nos notebooks, só que sem fio e miniaturizado.
Cindy Liu Hsin-Kao contou que idealizou a interface inspirada pelos adesivos coloridos aplicados às unhas. Ela prevê que uma versão comercial do seu dispositivo poderia ter uma membrana destacável na superfície, de modo que as usuárias possam combinar os padrões com suas roupas.
Ela e seu colega Artem Dementyev preveem que a tecnologia permitirá que os usuários controlem seus aparelhos sem fio mesmo quando estiverem com as mãos ocupadas - atender o telefone enquanto cozinha, por exemplo, ou navegar pelo site de receitas sem sujar o computador.
touchpad de unha também poderia otimizar outras interfaces permitindo que alguém que esteja enviando mensagens de texto em um celular, por exemplo, alterne entre conjuntos de símbolos sem interromper a digitação.
Finalmente, talvez usando uma figura de linguagem, a equipe afirma que o "unhapad" poderia "permitir a comunicação sutil em circunstâncias que o exijam", como o envio de um texto rápido durante uma reunião ou uma aula.
Touchpad de unha para não desplugar nunca
[Imagem: MIT Media Lab]
Sensor capacitivo
A interface é baseada no sensoriamento capacitivo, o mesmo tipo de sensor de tela de toque dos celulares, o que permitirá aplicar a camada decorativa sonhada por sua inventora.
O desafio foi encontrar os componentes adequados e a forma de colocar tudo - o sensor capacitivo, a bateria e três chips (um microcontrolador, um chip de rádio Bluetooth e um chip para controlar o sensor) - em um espaço do tamanho de uma unha.
O mais difícil foi achar um lugar para a antena, de forma que ela tenha um alcance razoável e não interfira com os chips. Mas a bateria também é um problema, já que, sendo muito pequena, é necessário desligar rapidamente a interface quando ela não estiver em uso.

Pás de aço para geradores eólicos

Pás de aço para geradores eólicos são 90% mais baratas

Redação do Site Inovação Tecnológica - 15/05/2015
Pás de geradores eólicos feitas de aço
As pás para geradores eólicos feitas de aço usam chapas de apenas 1 milímetro de espessura.[Imagem: Fraunhofer IWU]
Pás eólicas de aço
As lâminas das turbinas eólicas são feitas de materiais compósitos, essencialmente plásticos reforçados com fibras.
Elas são leves e resistentes, mas também são caras, exigem muita mão-de-obra para serem fabricadas e não podem ser recicladas.
Tentando solucionar essas deficiências, engenheiros do Instituto Fraunhofer, na Alemanha, estão propondo usar pás eólicas feitas de aço.
Para manter a leveza e a resistência, eles usaram chapas de aço de apenas 1 milímetro de espessura, adotando um reforço central e usando uma técnica especial para dobrar a chapa de aço, de forma a minimizar a perda de resistência.
"Em primeiro lugar, isto torna as turbinas eólicas significativamente mais ecológicas, já que mais de 90% do aço pode ser reciclado - então, usar lâminas de metal nos rotores torna a energia eólica verdadeiramente ecológica," disse o Dr. Marco Prohl, responsável pelo projeto, chamado HyBlade.
Custo 90% menor
Mas há outros fatores que talvez possam ser ainda mais decisivos no momento em que as empresas compararem o emprego das pás de aço em relação às pás de compósitos.
"Em comparação com as lâminas similares feitas de plástico reforçado com fibras, o custo das lâminas de aço produzidas em larga escala é até 90% menor - e as pás podem ser fabricadas de forma mais precisa," disse Prohl.
A equipe está se preparando agora para testar a tecnologia em um protótipo de turbina eólica completa, com pás de aço de 2,8 metros de comprimento.

Robô mole para explorar luas

NASA estudará robô mole para explorar luas

Redação do Site Inovação Tecnológica - 15/05/2015
NASA estudará robô mole para explorar luas
A parte traseira do robô-enguia é uma antena que captura energia dos campos magnéticos da lua. [Imagem: NASA/Cornell University/NSF]
Robô mole
A NASA selecionou 15 propostas para a Fase I dos seus Conceitos Avançados Inovadores (NIAC, na sigla em inglês), um programa que visa essencialmente transformar a ficção científica em projetos plausíveis através do desenvolvimento de tecnologias pioneiras.
A Fase 1 do NIAC dá a cada pesquisador ou equipe aproximadamente US$ 100.000 para a realização de um estudo inicial, que deve durar no máximo nove meses. Se os estudos básicos de viabilidade forem bem-sucedidos, a equipe passa para a Fase II, recebendo até US$ 500.000 por dois anos adicionais para o desenvolvimento do conceito.
As propostas escolhidas abrangem uma vasta gama de tecnologias, selecionadas pelo seu potencial para melhorar as futuras missões aeroespaciais.
Uma das propostas selecionadas envolve o desenvolvimento de um robô mole para missões que não podem ser realizadas pelos robôs convencionais. Este robô seria semelhante a uma enguia, com uma pequena antena na parte traseira para retirar energia dos campos magnéticos locais, o que permitiria seu funcionamento por longos períodos.
O objetivo é permitir a exploração anfíbia de luas gigantes como Europa. Um robô de corpo mole também seria uma alternativa ao robô submarino projetado para ser enviado a Titã ou a outras luas com oceanos de subsuperfície.
Satélites atmosféricos
Outra proposta planeja manter dois veículos aéreos não tripulados, parecidos com planadores, ancorados por um cabo ultraforte, voando em altitudes diferentes sem propulsão. O VANT superior usaria a força do vento na baixa estratosfera (a cerca de 18 mil metros) para fornecer sustentação, enquanto o VANT menor funcionaria como leme.
Se for bem-sucedido, este "satélite atmosférico" poderia permanecer na estratosfera por anos, permitindo missões de ciências de observação da Terra, monitoramento ou mesmo sistemas de navegação similares ao GPS, por uma fração do custo das redes de satélites orbitais.

sábado, 9 de maio de 2015

MICRO-CABOS ÓPTICO BRASILEIROS.

Informática

Microcabos ópticos serão desenvolvidos no Brasil

Com informações do CPqD e Agência Brasil - 07/05/2015
Microcabos ópticos
Os emaranhados de fios em postes públicos e as diversas obras de escavação para instalação de cabos convencionais de fibra óptica nas vias públicas podem estar com os dias contados.
O CPqD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações) e a empresa Prysmian assinaram um acordo para desenvolver microcabos ópticos visando facilitar a implantação das redes de telecomunicações e atender à crescente demanda.
Os microcabos terão o núcleo compactado, acomodando a mesma fibra óptica dos cabos atualmente disponíveis no mercado.
Um cabo óptico com 288 fibras, por exemplo, hoje tem aproximadamente 18 milímetros de diâmetro, enquanto o microcabo, com o mesmo número de fibras, deverá ter 11,5 milímetros no máximo. Essa compactação permitirá o melhor aproveitamento do espaço e atenderá uma maior quantidade de operadoras de telecomunicações ou eventuais necessidades de expansão das redes existentes.
Uma das principais vantagens dos microcabos é a instalação em microdutos, cuja escavação dispensa a necessidade de obstrução das vias públicas.
"É um sistema menos invasivo do que a tecnologia convencional, pois a vala consiste em um corte na pavimentação de aproximadamente 3 cm de largura por 30 cm de profundidade", explica Ricardo Zandonay, do CPqD. "A instalação é rápida, não deixa resíduos e a recuperação do pavimento é realizada imediatamente após a acomodação do microduto".
Cabos soprados
Os desafios da nova tecnologia estão na instalação dos microcabos nos microdutos. Como suas dimensões são menores, não é possível usar a técnica convencional de instalação, na qual o cabo óptico é simplesmente puxado dentro do duto. Porém, o núcleo altamente compactado e as características mecânicas do microcabo óptico favorecem seu sopramento dentro do duto - o que é feito com o auxílio de equipamentos específicos dotados de compressores de ar.
O CPqD dará apoio ao desenvolvimento do microcabo e validação dos protótipos, além do desenvolvimento dos procedimentos de ensaios laboratoriais a serem utilizados na certificação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e da realização de um teste piloto em campo.
O CPqD é uma das 13 unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). O valor total do contrato de pesquisa e desenvolvimento é de R$ 1,5 milhão, os investimentos são divididos entre a Embrapii, CPqD e a Prysmian.

ANTENA TOTAL.

Energia

Antena de absorção total captura energia do ar

Redação do Site Inovação Tecnológica - 08/05/2015
Antena de absorção total captura energia das ondas eletromagnéticas
Esta antena de "absorção total" captura a energia das ondas eletromagnéticas à nossa volta. [Imagem: Almoneef/Ramahi - 10.1063/1.4916232]
Colheita de ondas eletromagnéticas
A quantidade de ondas eletromagnéticas que nos cercam é incalculável.
Embora elas sejam muito úteis, representam também um enorme desperdício de energia.
Ocorre que as ondas de transmissões de rádio, TV, celulares, Bluetooth, Wi-Fi e uma série de outras frequências espalham-se em todas as direções, e grande parte não atinge um aparelho que esteja pronto para recebê-las - e isto é potência desperdiçada.
Em outras palavras, essencialmente, tem energia sobrando no ar.
Mas pode ser possível recuperar uma parte dessa energia usando o conceito de "colheita de energia", a recuperação de pequenas quantidades de energia do ambiente para uso em equipamentos de baixo consumo ou para armazenamento.
Absorção total
Thamer Almoneef e Omar Ramahi, da Universidade de Waterloo, no Canadá, criaram um sistema de colheita de ondas eletromagnéticas - um tipo especial de antena - baseado no conceito de "absorção total".
O conceito envolve o uso de metamateriais para construir um meio - umametassuperfície - que nem reflete e nem absorve qualquer potência, o que permite a absorção total das ondas eletromagnéticas incidentes em uma faixa específica de frequências e polarizações.
Antena de absorção total captura energia das ondas eletromagnéticas
Célula básica da antena de absorção total. [Imagem: Almoneef/Ramahi - 10.1063/1.4916232]
A metassuperfície é formada por "células" de formato preciso, dispostas de forma periódica sobre um material de apoio. As dimensões dessas células e a proximidade umas das outras podem ser ajustadas para absorver quase todas as ondas incidentes.
Esta energia é então canalizada por fios, podendo ser utilizada para alimentar aparelhos ou recarregar baterias.
Antena ultraeficiente
A importância fundamental deste protótipo é que ele demonstra pela primeira vez que é possível coletar essencialmente toda a energia eletromagnética que cai sobre uma superfície.
"Nossa pesquisa permite a absorção de muito mais energia do que as antenas clássicas," disse Ramahi. "Isto resulta em uma redução significativa da pegada da superfície de captação de energia. Os terrenos [necessários para instalação] são bens preciosos para a captura de energia - seja ela eólica, hídrica, energia solar ou eletromagnética."
Segundo a dupla, a tecnologia poderá ser facilmente estendida para as faixas do infravermelho e do visível. "Já estamos ampliando nosso trabalho para a faixa de frequência do infravermelho e esperamos relatar brevemente uma absorção próxima à unidade nesses regimes de alta frequência," disse Ramahi.
Bibliografia:

Metamaterial electromagnetic energy harvester with near unity efficiency
Thamer S. Almoneef, Omar M. Ramahi
Applied Physics Letters
Vol.: 106, 15390
DOI: 10.1063/1.4916232

sexta-feira, 1 de maio de 2015

SUPER CÂMERA

Super câmera fotografa 1 trilhão de quadros por segundo

Redação do Site Inovação Tecnológica - 30/04/2015
Supercâmera fotografa 1 trilhão de quadros por segundo
O protótipo da câmera ultrarrápida ainda é enorme, mas poderá ser miniaturizado. [Imagem: Keiichi Nakagawa/Universidade de Tóquio]
Câmera mais rápida do mundo
Em 2014, pesquisadores japoneses criaram a câmera mais rápida do mundo, chamada STAMP (Sequentially Timed All-optical Mapping Photography - fotografia por mapeamento totalmente óptico sequencialmente temporizada).
Agora a equipe tornou o equipamento ainda mais poderoso, fazendo-o capaz de capturar 25 imagens em sequência, com intervalos na casa dos femtossegundos, criando um filme inédito de eventos até agora só calculados em teorias ou detectados por meios indiretos.
A primeira versão da câmera só conseguia capturar seis fotos em sequência, mas a equipe afirma que a tecnologia atual permitirá um novo upgrade nos próximos meses, tornando o equipamento capaz de capturar 100 quadros sem interrupções.
A lista de utilidades desta tecnologia é enorme, mas um dos testes feitos pela equipe para testar a câmera pode dar uma ideia de seu potencial: quando a estrutura atômica de um cristal é atingido por um raio laser, a luz gera ondas de átomos que viajam pelo cristal a um sexto da velocidade da luz, algo como 44.800 km/segundo - a câmera consegue capturar esse movimento.
Câmeras de alta velocidade
As câmeras de alta velocidade tradicionais são limitadas pela velocidade de processamento dos seus componentes eletrônicos. Já a STAMP supera essas limitações usando apenas componentes ópticos. O custo disso é que o aparelho ainda é enorme.
Outra técnica de imageamento, conhecida como espectroscopia bomba-sonda - o bombeamento dispara o feixe de luz de excitação, e outro feixe sonda a amostra - é capaz de alcançar taxas de captura superiores à da STAMP, mas só consegue capturar um quadro de cada vez, ou seja, é essencialmente uma máquina fotográfica.
A técnica de imageamento da STAMP baseia-se em uma propriedade da luz chamada dispersão, a mesma observada em um arco-íris. A câmera divide um pulso de luz ultrarrápido em uma série de fótons de diferentes cores, que atingem o objeto a ser filmado em uma rápida sucessão. Cada cor pode então ser capturada para montar um filme do objeto durante o tempo que leva para que toda a luz dispersada o atinja.
Bibliografia:

Motion Picture Femtophotography with Sequentially Timed All-optical Mapping Photography
Keiichi Nakagawa, Atsushi Iwasaki, Yu Oishi, Ryoichi Horisaki, Akira Tsukamoto, Aoi Nakamura, Kenichi Hirosawa, Hongen Liao, Takashi Ushida, Keisuke Goda, Fumihiko Kannari, Ichiro Sakuma
Conference on Lasers and Electro-Optics (CLEO) Proceeding