Nanotecido substitui cobre em motores elétricos
Redação do Site Inovação Tecnológica - 28/04/2015
O motor elétrico de tecido de nanotubos tem uma potência de 40 W, gira a 15.000 rpm e tem uma eficiência de quase 70%. [Imagem: LUT]
Motor de pano
Engenheiros finlandeses construíram o primeiro motor elétrico do mundo feito de "pano".
O material têxtil foi tecido com fios de nanotubos de carbono.
Esse tecido de nanotubos, que conduzem eletricidade com grande eficiência, substitui os fios de cobre usados habitualmente nos enrolamentos dos motores elétricos.
O protótipo tem uma potência de 40 W, gira a 15.000 rpm e tem uma eficiência de quase 70%.
Se as fibras de nanotubos de carbono puderem ser produzidas em larga escala, esta nova tecnologia poderá revolucionar toda a indústria, melhorando o desempenho e a eficiência energética de uma grande gama de equipamentos elétricos.
Redução das perdas elétricas
"Se mantivermos inalterados os parâmetros de projeto dos motores elétricos, e apenas substituirmos o cobre pelos tecidos de fios de nanotubos, é possível reduzir as perdas nos enrolamentos para a metade do que ocorre hoje," disse o professor Juha Pyrhönen, da Universidade de Tecnologia de Lappeenranta, na Finlândia.
"Os fios de nanotubos de carbono são significativamente mais leves do que o cobre, de modo que as dimensões e massas [dos motores] podem ser reduzidas. Além disso, os motores poderiam ser usados em temperaturas significativamente mais elevadas do que os atuais," completou Pyrhönen.
Detalhe da fita de nanotubos usada para fazer o enrolamento do motor. [Imagem: LUT]
Apesar da excelente condutividade elétrica do cobre, uma grande parte das perdas elétricas ocorre justamente nos enrolamentos dos motores. Os fios de nanotubos de carbono ainda não têm um limite superior definido de condutividade - valores de até 100 MS/m (mega-siemens por metro) já foram medidos.
Tecidos de nanotubos
O "motor elétrico de pano" utiliza fios de nanotubos de carbono fiados e convertidos em uma fita pela empresa nipo-holandesa Teijin Aramid, que desenvolveu a tecnologia de fiação em colaboração com a Universidade de Rice, nos EUA:
As aplicações industriais do novo material ainda estão dando os primeiros passos.
Para que elas decolem de fato será necessário ampliar a capacidade de produção dos tecidos de nanotubos e melhorar o desempenho dos fios de nanotubos.
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