sábado, 27 de dezembro de 2014

CARRO DE PLÁSTICO FEITO EM IMPRESSORA 3D

Mecânica

Você compraria um carro feito em uma impressora 3D?

Redação do Site Inovação Tecnológica - 23/12/2014
Você compraria um carro feito em uma impressora 3D?
Você está pronto para comprar um carro de plástico feito em uma impressora 3D?[Imagem: Local Motors]
Carro impresso
As impressoras 3D já estão por todo lado, inclusive no espaço, fabricando delentes de contato até peças metálicas complexas e robôs.
Mas você estaria pronto para comprar um carro de plástico fabricado por impressão 3D?
A empresa emergente Local Motors acredita que consegue encontrar um número de clientes suficiente para viabilizar sua instalação.
A carroceria do veículo, chamado Strati, é totalmente feita em plástico ABS reforçado com fibra de carbono.
São 212 camadas depositadas pelo processo de fabricação aditiva que a empresa chama de "modelagem por deposição fundida".
Cada carro leva 44 horas para ser impresso, mas a empresa pretende chegar às 24 horas quando as autoridades dos EUA autorizarem que o Strati circule pelas ruas, quando ele então poderá começar a ser vendido - a expectativa é que isso ocorra em 2015.
O Strati é 100% elétrico, com "transmissão automática de velocidade única", segundo a empresa, e velocidade máxima de 80 km/h.
As baterias de 6,1 kW/h prometem uma autonomia de 100 km e um tempo de recarga de 3,5 horas.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

ROBÔ SUBSTITUTO


Robótica

NASA apresenta Robô Substituto

Redação do Site Inovação Tecnológica - 16/12/2014
NASA apresenta Robô Substituto
Como no cinema, a intenção do robô Substituto é "ampliar o alcance da humanidade".[Imagem: JPL-Caltech]
Substitutos biomecatrônicos
No sucesso do cinema "Substitutos", o personagem de Bruce Willis teve trabalho para desativar máquinas que não eram propriamente androides, não tendo qualquer inteligência própria, mas corpos biomecatrônicos que podiam ser controlados remotamente por seres humanos.
Embora ainda longe das máquinas da ficção, a NASA está apostando em seu próprio substituto - Surrogate é o nome do novo robô, que fez parte de um show esta semana no Laboratório de Propulsão a Jato, em Pasadena, na Califórnia.
O robô Substituto entrou pelo palco, ao som da música tema de 2001: Uma Odisseia no Espaço, e levou um tablet para o professor Thomas Rosenbaum, presidente do Instituto de Tecnologia da Califórnia. Rosenbaum pegou o tablet e usou-o para disparar comandos preparados previamente para o robô Curiosity, em Marte.
O Substituto foi projetado com forte inspiração no ser humano, com uma espinha vertical, dois braços e uma cabeça. O robô pesa 90,7 quilogramas e tem 1,40 metro de altura. A grande diferença é que ele não tem pernas, movimentando-se sobre lagartas, o que limita sua capacidade de subir escadas ou escalar objetos muito altos.
Mas sua força e sua espinha flexível lhe dão uma capacidade de manipulação de objetos que é difícil de equiparar.
Ampliar o alcance da humanidade
"O Substituto e seu antecessor, o RoboSímio, foram projetados para ampliar o alcance da humanidade, indo a locais perigosos, como um reator nuclear durante um cenário de desastre como nós vimos em Fukushima. Ele pode executar tarefas simples, como girar válvulas ou acionar chaves para estabilizar a situação ou evitar mais danos," disse Brett Kennedy, líder da equipe de robótica do Caltech.
Na verdade, os dois robôs - antecessor e sucessor - são novinhos em folha. O RoboSímio foi construído para participar de um desafio de robótica patrocinado pela agência de defesa dos EUA (Darpa), em que será vencedor aquele que se sair melhor em vários cenários de desastres. O RoboSímio é um dos finalistas da competição, que ocorrerá em junho do ano que vem.
Com o material que sobrou da construção do primeiro robô, a equipe construiu oSurrogate e o resultado foi tão bom que o grupo ficou em dúvida de qual dos dois enviaria para a competição.
NASA apresenta Robô Substituto
O RoboSímio foi inspirado em macacos, mas tem sete conjuntos de olhos. [Imagem: JPL-Caltech]
Homem e macaco
Como seu nome indica, o RoboSímio foi inspirado em macacos, movendo-se sobre quatro patas, o que lhe dá capacidade de escalar virtualmente qualquer coisa.
Outra vantagem é que, enquanto o Substituto tem dois olhos (duas câmeras para visão estereoscópica) o RoboSímio tem sete conjuntos de olhos, o que lhe permite ver simultaneamente para frente, para os lados, para baixo e para cima.
Depois de comparar o desempenho dos dois, a equipe finalmente decidiu qual enviar para a competição, mostrando que o robô inspirado no ser humano ainda não é um substituto tão bom: "Acontece que o Substituto é uma plataforma de manipulação melhor e mais rápida em superfícies amigáveis, mas o RoboSímio é uma solução mais versátil, e nós esperamos que essa solução versátil seja mais competitiva neste caso," disse Kennedy.

CÂMBIOS MAGNÉTICOS.

Mecânica

Caixa de câmbio acopla eixos por levitação magnética

Redação do Site Inovação Tecnológica - 08/12/2014
Caixa de câmbio acopla eixos por levitação magnética
"É a primeira vez na história que o eixo de entrada e o eixo de saída de um câmbio redutor ficam flutuando sem nenhum tipo de contato, e podem manter um mecanismo que não contém nada mais girando a 3.000 rotações por minuto." [Imagem: UC3M]
Caixa redutora por levitação
Engenheiros europeus desenvolveram uma caixa de câmbio baseada na levitação magnética, o que significa que o eixo que vem do motor não toca o eixo que leva a tração para as rodas ou qualquer outro mecanismo a ser acionado.
Em vez da conexão por meio de engrenagens redutoras, como nos câmbios tradicionais, a transmissão é produzida sem contato, graças ao magnetismo.
Os eixos de entrada e saída literalmente levitam e, ainda assim, transmitem toda a força necessária do motor para o mecanismo a ser movimentado.
As principais vantagens são a ausência de atrito entre as peças e de desgaste dos vários componentes, dispensando a necessidade de lubrificação.
"A vida operacional destes equipamentos pode ser muito mais longa do que a vida dos câmbios redutores convencionais com engrenagens dentadas, e pode funcionar até mesmo em temperaturas criogênicas," disse Efrén Díez, da Universidade Carlos III de Madri, na Espanha.
Outra vantagem da transmissão sem contato é a virtual ausência de quebras, com o câmbio suportando grandes sobrecargas - mesmo que um eixo fique bloqueado, as duas peças simplesmente giram sobre si mesmas, já que não há engrenagens para quebrar.
"É a primeira vez na história que o eixo de entrada e o eixo de saída de um câmbio redutor ficam flutuando sem nenhum tipo de contato, e podem manter um mecanismo que não contém nada mais girando a 3.000 rotações por minuto," disse o professor José Luíz Perez Díaz.
Câmbio espacial e terrestre
Embora o objetivo do trabalho fosse construir um protótipo que possa ser usado no espaço, a equipe construiu também uma versão terrestre, que funcionou perfeitamente a temperatura ambiente.
Os "rolamentos" onde se apoiam os dois eixos são esferas supercondutoras que geram forças de repulsão estáveis, mantendo os eixos girando sem vibrações e evitando possíveis desalinhamentos.
O funcionamento dos supercondutores no espaço tem a vantagem de dispensar o resfriamento, já que as condições de uso envolvem temperaturas de -210º C no vácuo.
No espaço, o câmbio magnético deverá acionar braços robóticos e posicionadores de antenas, equipamentos que dependem de alta precisão, além de veículos espaciais para exploração robotizada ou humana.
A versão "terráquea" teve os ímãs supercondutores substituídos por ímãs permanentes.
Segundo a equipe, a caixa redutora por levitação terá grande apelo nas indústrias alimentícia e farmacêutica, onde a ausência de óleos lubrificantes é um apelo importante devido às estritas exigências de limpeza. Mas, segundo eles, o equipamento pode ser usado em qualquer aplicação onde seja necessário um câmbio, ou caixa de redução.
Bibliografia:

Performance of magnetic-superconductor non-contact harmonic drive for cryogenic space applications
Efren Diez-Jimenez, Ignacio Valiente-Blanco, Victor Castro-Fernandez, Jose Luis Pérez Díaz
Journal of Engineering Tribology
Vol.: 228 Number: 10 Pages: 1071-1079
DOI: 10.1177/1350650114527584